Amor é mais do que sentir, é verbo, ação.
É elaborar uma lasanha de domingo em mãos conjuntas, costurar o sofá que rasgou discutindo como fazê-lo com quem não entende nada do assunto, assim como você.
É ter companhia para ir ao supermercado, academia, natação, mesmo que isso exija uma alteração de rotinas para que os horários possam bater.
É sentir o mesmo cheiro, o mesmo toque macio do lençol novo e da toalha lavada, é escutar o mesmo som, perceber os mesmos detalhes engraçados em um filme, em uma conversa ou em uma situação que teima em se repetir.
É ficar na dúvida, ao mesmo tempo, sobre a cor verde-água ou azul de um objeto qualquer. É chegar a nenhuma conclusão sobre o que fazer em um sábado a tarde, acompanhado de mais alguém.
É a costura da vida que se faz, unindo o tecido do próprio tempo com o dos demais. É elaboração, receita a ser preparada, bolo quentinho com café de manhã.
Amor é toque, passar de mãos. É apropriação de vida, SABER-SE existir, já que descobrimos nossos tamanhos e proporções quando somos abraçados por alguém.
Ele acontece do lado de fora, é a expressão das vontades que temos movimentando aqueles a quem desejamos amar. É onda, vibração, manifesto, reclamação, prazer e dor. É casa de morar, ter para quem voltar, é pertencer e proteção.
É sentir-se vivo, levantar de manhã e ter certeza de que vale a pena continuar por estar sendo assistido, observado, com admiração. É filho, avó, esposa, namorado, vizinho, amigo, gato, cachorro e quem mais quiser nos acompanhar.
Pode ser que o seu problema de amor não seja sentimental mas sim de pró-atividade e ação, sabe por que?
Amor, desde sempre e para sempre, é algo que se faz.
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